Essas perguntas são fáceis de se responder: o melhor romance é o que estou escrevendo, ou que acabei de escrever. E a personagem preferida é a protagonista desse romance. E a justificativa também é muito simples: é o romance que tem mais a ver com a minha realidade atual, coma maturidade que eu atingi, tanto quanto à vida como à literatura e a meu processo de criação.
Não posso negar, porém, o grande carinho que tenho por todos os que foram publicados – e se foram publicados, tanto tempo depois de escritos, é porque, além de eu reconhecer algum valor neles, seja literário, seja catártico, gosto da história e das personagens. Sou muito crítica de todo o processo, então todos os sobreviventes são meus xodós. Não há como sobreviver sem ser xodó. E, como são todos filhos, não é possível escolher um como mais querido. Por isso é difícil para mim dar uma indicação de um romance meu para alguém: eu sempre vou sugerir o mais recente.
Monica, acho que você sintetizou muito bem o que é escrever e o gosto por isso.
O melhor livro é este que eu escrevo, e o melhor personagem é o último que eu conheci. Simples assim, sem romantismos, sem devaneios. Direto na veia.
Estou cuidando do Bostoievski enquanto o André decide o que vai fazer da vida, quando puder, dê um pulo por lá.
Um abraço.