Em geral, minhas personagens veem seus desejos pessoais entrarem em conflito com as normas sociais. Além disso, há ainda questões como vingança, relações de trabalho, relações de poder, solidão, subversão, realidade utópica, isolamento, valores pessoais, luta por um ideal, amor verdadeiro, o ciclo da vida, falsas aparências, que aparecem isoladamente ou associados um com os outros.
Nenhum desses temas foi escolhido conscientemente. Eles foram aparecendo à medida que a história ia se desenvolvendo. Escrever é uma forma de sublimar desejos e de resolver problemas do inconsciente. Quando eu começo a escrever, não sei ainda que temas serão abordados, que problemas pessoais irei resolver. O processo é completamente inconsciente. Minha personagens, os eventos, os feitos são todos símbolos do meu inconsciente projetados na ficção. Ultimamente já estou conseguindo perceber o motivo de algumas escolhas, e às vezes faço interferências conscientes mas não a ponto de poder considerar qualquer escolha como fato intencionalmente consciente.
Ao lado desses dramas pessoais que as personagens precisam enfrentar, sempre há uma história de amor adicional. Então os temas mais profundos ficam escondidos sob a capa de um romance. À primeira vista, escrevo histórias de amor, romances “água-com-açúcar”. Somente um leitor atento encontra os temas subjacentes, que são, de fato, o que importa nas histórias.