Neste final de março e início de abril, aconteceram coisas boas na minha vida literária.
Primeiro, terminei de escrever O Além. Ficou com 10 páginas manuscritas ao todo. Acho que consegui dar unidade e coerência às cenas, e, no fim, passa despercebido o limite entre o que eu de fato vi e senti no meu sonho e os eventos e sensações que acrescentei para descrever melhor o que aconteceu no sonho. A história está agora bem guardada numa pasta polionda, em cima do meu armário, junto com À procura, de onde só sairá daqui a pelo menos seis meses, para a próxima avaliação.
Embora eu tivesse oficialmente desistido de retomar História do Mundo agora, por causa dos problemas que contei aqui em 11/3/2010, não tinha parado de pensar nela. Toda noite, quando deitava para dormir, eu me perguntava: “se fose para escrever uma história nova com esses elementos, o que eu faria?” Mas sempre dormia antes de encontrar a resposta. Então, um dia desses, tive uma idéia. Ainda estou testando para ver se funciona até o fim, mas talvez eu tenha encontrado uma trama para minha história que estava inconsistente.
Esta semana, aproveitei os dois dias em que tive que ficar em casa por causa do alagamento total da cidade e tirei O Canhoto da caixa onde ele dormiu por 12 meses. Levei a tarde de um dia e a manhã do outro para ler toda a história. Chorei nas partes tristes, ri dos trechos engraçados, revivi o suspense dos momentos de revelação. Ou seja, continuo considerando-a uma boa história. É hora, então, de digitar todas as 376 páginas e mais os enxertos já feitos. Provavelmente vou mexer muito pouco no que está escrito, nesta fase, porque não encontrei nada que precise ser modificado. Há umas expressões a padronizar, como o nome das línguas que as personagens falam, e as nacionalidades. Ah, preciso também detalhar a descrição das personagens mais importantes e dar traços das menos importantes. É o que há de mais complexo a fazer, mas até já sei onde incluir as frases.
E, por fim, estou cuidando dos trâmites burocráticos para os registros legais da minha próxima publicação: Primeiro a honra. Será meu primeiro “trabalho solo”, pois serei eu a fazer tudo, da diagramação à impressão e distribuição, uma vez que a minha editora fechou e, para falar a verdade, não consigo confiar em outra editora.