Olhando retrospectivamente, é engraçado pensar que coloquei algumas amigas como personagens das minhas histórias. Isso aconteceu quatro vezes, sendo que duas vezes a pedido da própria amiga. A primeira vez foi em 1985, na história Princesa do Mar. Eu contei a minha amiga Gisela sobre a história e ela me pediu para ser incluída nela. …
REI ARTUR
É claro que eu já tinha ouvido falar no Rei Artur e seus Cavaleiros da Távola Redonda mas nunca tinha lido nenhum livro com as histórias deles até dezembro de 1988, quando minha amiga Cláudia Regina imaginou uma história em que os cavaleiros se reencontrassem nos dias de hoje, encarnados em outros corpos, e caberia …
MORTES
Muitas pessoas que leem meus livros ficam horrorizadas com a quantidade de mortes que há, e a forma aparentemente fria como eu descrevo alguns detalhes dessas mortes. As pessoas acham que só os maus morrem, como se a morte fosse um castigo. É o hábito dos contos de fadas e da telenovela brasileira: o vilão …
ALGUMAS QUESTÕES DE ESTILO
Primeira postagem do ano e eu deixei passar o dia combinado… Férias são um problema… Mas vamos falar de estilo. Segundo Mário Quintana, “estilo é a deficiência que faz um sujeito escrever sempre do mesmo jeito”. É verdade. De tanto repetir os procedimentos, eles viram fórmulas e configuram um estilo. Por fim, só sabemos escrever …
ESCOLHA DOS TÍTULOS
Eu gostaria de ser como João Ubaldo Ribeiro, que declarou numa entrevista que só começa a escrever um romance quando o título já está escolhido. Comigo isso raramente acontece: em geral, a história nasce antes do título. Enquanto escrevo a trama, vou pensando num título e, em geral, termino de escrever sem ter chegado a …
BASTIDORES
No teatro, bastidores são as partes nos dois lados e atrás do palco, escondidas da platéia, onde ficam o material de apoio e as pessoas da produção, e onde os atores esperam sua hora de entrar no palco. É a região de suporte do espetáculo, invisível do público. Nas minhas histórias, bastidores são minhas anotações …
“Quando você diz manuscrito, você diz a mão mesmo?”
Interessante a pergunta que Ricardo Bruch fez ao comentar o texto NOVIDADES NO BLOG, depois de um passeio pelo “Blog de Apoio” (desativado), onde eu informo de cada história o número de páginas manuscritas. É engraçado pensar como hoje o computador faz parte da nossa vida de tal forma que parece inconcebível que alguém escreva …
RE-ESCREVER, REINVENTAR
São coisas que eu faço o tempo todo. Há vários tipos de re-escrever e reinventar: 1) reinventar a história que estou escrevendo – revejo cenas e falas à procura do texto que expressa melhor o que quero dizer. Faço isso o tempo todo, e só paro quando o livro vai para a gráfica. …
APELIDOS
Este é mais um texto para falar das exceções, assim como o texto sobre animais, publicado aqui. Minhas personagens não têm apelidos. Há apenas duas exceções que, por serem exceções, são marcantes. Nessas duas histórias, os apelidos são essenciais, e a história seria completamente outra sem eles. A primeira história com apelidos é de …
POR QUE TANTOS ROMANCES HISTÓRICOS?
Pode ser afinidade com o ideal romântico de fuga da realidade. Um colega que leu O maior de todos afirmou que não se trata de romance histórico, mas apenas uma história ambientada no passado. Concordo com ele. Minhas histórias tratam da natureza humana, e dos conflitos entre o indivíduo e o meio em que ele …