Não gosto de personagens deslumbrantemente bonitas. Lembro que, quando comecei a escrever, todo mundo era príncipe ou princesa, e minha mãe chamou à atenção a inconveniência dessa coincidência. Imaginário de contos de fadas começa a criar assim. Aos poucos, fui conseguindo fincar os pés no chão (pelo menos um pouco) e começar a inventar personagens …
DE ONDE VÊM AS PERSONAGENS?
Nesse último mês de dezembro, li o livro A personagem, de Beth Brait (Série Princípios da Ed. Ática, 2006). A parte que eu mais gostei foi o último capítulo, quando escritores tentam explicar como é o processo pessoal de criação de suas personagens. Foi muito válido para eu tentar perceber e registrar em palavras meu …
TRILOGIA x COLETÂNEA
Meus leitores mais atentos podem ter ficado surpresos quando eu disse que a história de Rodrigo é minha primeira trilogia, e podem ter se perguntado “Mas e a Biblioteca de Kerdeor? Não são também três livros reunidos?” Sim, são, e é exatamente essa a diferença entre os dois. Por que eu chamo Kerdeor de coletânea …
MAIS TEMPO
Já falei aqui sobre o tempo que eu fico sem escrever nada. Agora é hora de pensar no tempo que levo para escrever uma história, que vem aumentando nos últimos anos, basicamente por dois motivos: 1) as histórias estão se tornando mais consistentes e mais detalhadas e, portanto, mais longas. Se, no início, eu fazia …
UNIVERSAL NO NACIONAL
Ultimamente tenho pensado como os artistas, escritores e intelectuais Modernistas (Brasil, início do século XX): para sermos universais, precisamos primeiro ser nacionais. Por muito tempo, achei que era bobagem focar nas nossas características nacionais – e, levando ao extremo, características regionais e até locais. Mas hoje entendo que existe uma parcela de universal inclusive no …
CONTAGEM REGRESSIVA
Estou a um mês do final da escrita de De mãos dadas. Não que a história esteja no fim, mas resolvi tentar acabar no mesmo dia que comecei: 1/6. Interessante que foi o que aconteceu também com Construir a terra, conquistar a vida, que comecei e terminei em 22/5, com seis anos de intervalo entre …
800 PÁGINAS
Por estar lendo Construir a terra, conquistar a vida e escrevendo De mãos dadas, as duas com mais de 500 páginas, percebi como é mais fácil escrever muito quando as personagens secundárias ajudam a carregar a trama – que é o que acontece em Construir a terra, conquistar a vida, em que Fernão, Ayraci, Inês e …
EM COMUM
Neste ano de 2014, continuo envolvida com Construir a terra, conquistar a vida e De mãos dadas. São minhas maiores histórias, e parei para pensar se elas têm em comum algo mais do que o número de páginas. Sim, alguns elementos estão presentes nas duas histórias: 1) São ambientadas no Brasil. Acho que gosto …
BONECAS DE PAPEL
Sempre gostei muito de brincar de boneca. Susies e bonecas menores, bichinhos de látex, bonecas de papel. As bonecas formavam grupos familiares e de amigos e interagiam entre elas, em tramas que iam se construindo durante a brincadeira, que muitas vezes durava dias e semanas. Na infância, a brincadeira era concreta. Era necessário manipular a …
CLÍMAX
O clímax é a cena principal de uma história. É a cena em que o conflito se resolve, de um jeito ou de outro. Tudo o que aconteceu desde o início da história deve conduzir ao clímax e, depois dele, só resta arrematar todas as pontas e encerrar a história. Por ser a cena mais …