A escolha do nome – e sobrenome, quando necessário – das personagens principais é uma etapa importante do trabalho e às vezes me toma bastante tempo de pesquisa e reflexão até a decisão final. A grande maioria dos nomes não foi escolhida arbitrariamente, só porque é um nome que acho bonito – como em geral …
SÍMBOLOS
Desde as mitologias antigas, a literatura é carregada de simbologias. Personagens representam forças da natureza, acontecimentos são eventos cósmicos. Minhas histórias não são mitologias mas também são cheias de símbolos. Alguns eu acrescento conscientemente mas a grande maioria é de símbolos inconscientes. Todas as histórias têm alguma relação com o momento que estou vivendo, com …
NASCIMENTOS
Já que falei nas mortes, vou falar também nos nascimentos que acontecem durante as histórias. São em bom número e, para fazer este texto, incluí essa coluna de informação na mesma tabela em que contabilizei o número de mortes, e descobri que há 41 histórias em que não nasce ninguém e 10 histórias em que …
PROTAGONISTAS E ANTAGONISTAS
Pela definição, protagonista é a personagem principal, o “mocinho”, o “herói”, o “bonzinho”, quem carrega a trama e conduz a história. É por ele que o leitor torce, para que ele chegue ao final feliz esperado. Antagonista é a personagem que se contrapõe à protagonista, criando empecilhos ao final feliz que a protagonista busca. É …
POR QUE UMA FILA DE PUBLICAÇÃO?
Há dois motivos para haver romances aguardando publicação. O primeiro – e o mais óbvio – é que eu comecei a escrever em 1985 mas só comecei a publicar em 2002. Na época, fiquei pensando se devia publicar primeiro a história mais antiga ou a mais recente e concluí que devia começar pelas mais antigas; …
ALGUMAS QUESTÕES DE ESTILO
Primeira postagem do ano e eu deixei passar o dia combinado… Férias são um problema… Mas vamos falar de estilo. Segundo Mário Quintana, “estilo é a deficiência que faz um sujeito escrever sempre do mesmo jeito”. É verdade. De tanto repetir os procedimentos, eles viram fórmulas e configuram um estilo. Por fim, só sabemos escrever …
TRANSFORMAR CONTOS EM ROMANCES
Este é o projeto que tenho para dois dos meus contos: História do mundo e À procura. Parecia uma tarefa fácil, já que, como disse aqui em 11/11/2009, a única diferença entre meus contos e meus romances é o número de páginas, e não a estrutura. Acontece que há uma série de outros elementos que …
ESCOLHA DOS TÍTULOS
Eu gostaria de ser como João Ubaldo Ribeiro, que declarou numa entrevista que só começa a escrever um romance quando o título já está escolhido. Comigo isso raramente acontece: em geral, a história nasce antes do título. Enquanto escrevo a trama, vou pensando num título e, em geral, termino de escrever sem ter chegado a …
BASTIDORES
No teatro, bastidores são as partes nos dois lados e atrás do palco, escondidas da platéia, onde ficam o material de apoio e as pessoas da produção, e onde os atores esperam sua hora de entrar no palco. É a região de suporte do espetáculo, invisível do público. Nas minhas histórias, bastidores são minhas anotações …
RE-ESCREVER, REINVENTAR
São coisas que eu faço o tempo todo. Há vários tipos de re-escrever e reinventar: 1) reinventar a história que estou escrevendo – revejo cenas e falas à procura do texto que expressa melhor o que quero dizer. Faço isso o tempo todo, e só paro quando o livro vai para a gráfica. …