O clímax é a cena principal de uma história. É a cena em que o conflito se resolve, de um jeito ou de outro. Tudo o que aconteceu desde o início da história deve conduzir ao clímax e, depois dele, só resta arrematar todas as pontas e encerrar a história.
Por ser a cena mais importante, ela deve ser plena de ações e/ou emoções para as personagens, de forma a empolgar o leitor. Nos contos, o clímax em geral é o final da história. Nos romances, nem sempre. Nos romances, após o clímax, em geral há uma parte de ação descendente, até se chegar ao final. É uma característica minha fazer longos desfechos porque sempre tenho muitas pontas a arrematar – dar solução à vida de todos os secundários.
A cena do clímax, em De mãos dadas ficou com 11 páginas, e levei sete dias para escrevê-la inteira, com todas as releituras necessárias, correções, reposicionamento de falas. Agora é só conduzir Toni e Rosa ao final da história, projetando para o futuro, sem esquecer de resolver a vida das outras personagens. Estou na página 650 e, dada minha característica de escrever desfechos longos – e porque há muitas pontas a arrematar – acho que acabo de escrever com mais umas 300 páginas.