Pela primeira vez estou inventando uma história dividida em partes, que no final formarão livros independentes. Eu não tinha noção de como é esse processo e estou descobrindo que, diferente do que eu pensava que seria, eu não vou criar todo o livro 1 primeiro, para depois me dedicar ao livro 2 e só então detalhar o livro 3. Como é uma história só, ela acontece toda ao mesmo tempo na minha cabeça. Eu até tento detalhar mais as cenas do livro 1 mas muitas vezes me pego detalhando cenas inteiras do livro 3 que, se tudo correr conforme o planejado, eu só vou escrever em 2017.
Além dos detalhes da ação, vou construindo os detalhes de caracterização das personagens. Rodrigo deve ser alto ou baixo? Tipo rebelde ou comportado? Gosta de rock, funk, pop ou música clássica? Torce para qual time de futebol? Como adolescente e púbere que é, deve ter espinhas nas bochechas? Cada escolha dessas me abre um leque de comportamentos e falas possíveis para usar e eu, na verdade, gosto de experimentar todos eles antes de me decidir por algum.
E assim vou, experimentando e detalhando devagar, construindo personalidades e recriando o mundo em que Rodrigo e Ângela vão viver e se encontrar.