Obrigada a vocês, meus Seguidores, e a todos os meus leitores fiéis: Escrever para mim completa dois anos de vida. Está sendo muito bom para mim ter esse espaço para refletir sobre minha experiência e poder contar a todo mundo, caso sirva para reflexão de outros escritores. Imagino que também deve ser interessante para quem conhece meus romances saber como foram criados e o que me motivou a caracterizar as personagens desta ou daquela forma.
O número de seguidores e visitantes vem crescendo (desta vez, vou poupar vocês das estatísticas), e é muito bom poder fazer contato com pessoas que eu não conheceria de outra forma.
No primeiro ano, falei de questões mais abrangentes, cuidei de apresentar a mim e a minhas histórias. No segundo ano, aprofundei algumas questões, apresentei meu inconsciente tanto quanto consigo acessá-lo. Para este terceiro ano que se inicia, pretendo fazer textos mais didáticos – tanto quanto é possível se ensinar alguma coisa a alguém – abordando problemas comuns na escrita e soluções que encontrei. São questões que sempre aparecem nos fóruns e comunidades de que participo, de forma que são assuntos sobre os quais tenho refletido bastante ultimamente, e achei que será boa ideia partilhar com todos os meus visitantes as reflexões que tenho feito de uma forma mais privada. Este ano também vocês poderão acompanhar o processo de escrita de meu romance (ainda sem título) que eu chamo de Rosinha, o nome da personagem que me veio em sonho. Propositadamente comecei a escrever hoje, inaugurando o novo ano com meu já nem tão novo projeto.
Não pretendo publicar a história aqui à medida que for escrevendo pois, conforme já contei, meu método é bastante rígido e o texto só pode ser mostrado depois da primeira avaliação, que só acontece um ano depois de eu terminar de escrever. Inclusive, só textos APROVADOS (sobreviventes) nessa primeira avaliação são digitados. O que pretendo contar aqui é mesmo sobre o processo de escrever – as ideias, as pesquisas, as dificuldades, as alterações ao projeto original, as retiradas, os acréscimos. É algo que só agora terei oportunidade de fazer, pois comecei o blog depois que já tinha terminado O canhoto, e À procura era uma história curta, uma tentativa de re-escrita, que inclusive não deu certo. Rosinha tem mais chances de dar certo, porque está mais próxima do tipo de história que eu costumo contar, com conflitos sociais e não psicológicos (eu-comigo, como era o caso em À procura); com uma série de eventos a contar, num largo correr de anos. A história começa no século XIX, com a vinda dos imigrantes italianos para o Brasil, mas eu só me aproximo para detalhar em 1913, e a história termina em 1928. Então tenho muito a contar, do jeito que eu gosto.
Será um ano de trabalho intenso e, portanto, de muita satisfação, e vocês poderão acompanhar tudo aqui mesmo, sempre nos dias 1, 11 e 21.