Sim, já faz um mês que comecei a história de Rodrigo. Estou caminhando bem: 51 páginas (média de 1,7 páginas por dia) e a história, que começa no mês de fevereiro, já está no mês de março. Rodrigo já conheceu Ângela e está encantado com ela.
Quando eu comecei a escrever, estabeleci como meta escrever pelo menos uma página por dia – o que dobraria minha média histórica, que é de meia página ao dia. Fiz isso seguindo a sugestão de Stephen King, em “Sobre a escrita”. Ele também estabelece metas diárias e persiste na atividade até cumpri-la. É bem verdade que a meta dele (cerca de 10 páginas) é muito maior do que a minha mas esse é o trabalho dele, enquanto que eu preciso de um emprego que pague as minhas contas. Então a minha meta é muito inferior à dele mas, ao mesmo tempo, um desafio para mim. E estou conseguindo cumprir e até ultrapassar. Comecei a marcar a primeira letra escrita em cada dia e assim percebi que, enquanto que, em alguns dias com mais atividades extra-escrita, eu só consigo escrever meia-página, nos dias em que posso dedicar um pouco mais de tempo à tarefa, tenho escrito até quatro páginas. Se, como Stephen King, eu tivesse três horas diárias exclusivamente para escrever, eu produziria bem mais do que as dez páginas da meta dele. Se, em meia hora, eu consigo escrever quatro páginas, em três horas eu escreveria pelo menos 20 páginas (sempre se perde algum tempo organizando as palavras). Quem sabe um dia eu consigo esse tempo?
No exato dia de hoje eu estou escrevendo uma cena longa, que é o primeiro encontro de Rodrigo e Ângela fora da escola, num sábado à tarde. A vontade de se considerarem namorados virá com o segundo encontro, no sábado seguinte. E então os problemas começarão: a família e os amigos não aceitarão que ele goste dela e expressarão isso com hostilidade. Como todo adolescente, Rodrigo precisa se sentir aceito por seu grupo social e o romance com Ângela o afasta desse objetivo. Como o encanto inicial sobreviverá a tanta adversidade? Quem sabe eu poderei contar isso no próximo mês.